Balanço da 2ª rodada: choro de Neymar, virada alemã e seis classificados

A vitória da Colômbia por 3 a 0 sobre a Polônia – a primeira de um sul-americano sobre um europeu -, em Kazan, encerrou neste domingo a 2ª rodada da Copa do Mundo, que já conheceu seis seleções classificadas para as oitavas de final: Rússia e Uruguai (Grupo A), França (C), Croácia (D), Bélgica e Inglaterra (G).

Nos últimos dias, a Rússia comemorou a vaga antecipada dos donos da casa, viu o choro de Neymar no primeiro triunfo do Brasil, osofrimento argentino aumentar e a atual campeã Alemanha seguir viva com uma virada histórica.

Os eliminados:

  • Egito e Arábia Saudita (A)
  • Marrocos (B)
  • Peru (C)
  • Costa Rica (E)
  • Tunísia e Panamá (G)
  • Polônia (H)

Após o show na estreia contra a Espanha, Cristiano Ronaldo voltou a balançar a rede contra Marrocos, mas perdeu a ponta na artilharia: Harry Kane, que fez seu “hat-trick” pela Inglaterra contra o Panamá e pediu música no Fantástico, chegou a cinco e assumiu a liderança. O belga Lukaku, com quatro, empatou com o camisa 7 português.

E você imagina quem é o jogador que mais chutou a gol?

  1. Lionel Messi – 12
  2. Cristiano Ronaldo – 10
  3. Toni Kroos – 10
  4. Philippe Coutinho – 10
  5. Neymar – 10
  6. Aleksandar Mitrovic – 10

Pois é: o camisa 10 argentino, que não fez nenhum gol até agora… Depois de empate com a Islândia na primeira rodada, a Argentina perdeu por 3 a 0 para a Croácia, viu o rival garantir a classificação e agora vai para o tudo ou nada contra a Nigéria (clique aqui para entender o que os hermanos precisam). Mas o curioso é: das 12 finalizações, 11 foram no primeiro jogo, o que mostra a inoperância diante dos croatas.

Enquanto Messi perde gol, Neymar conseguiu marcar seu primeiro na vitória de 2 a 0 do Brasil sobre a Costa Rica. E caiu no choro… Antes, também caiu várias vezes em campo e segue como o jogador que sofre mais faltas na Copa:

Atuação do árbitro de vídeo (VAR)

Protagonista na 1ª rodada da Copa, o VAR seguiu como personagem de destaque na Rússia. Foram oito lances com a tecnologia agindo para auxiliar o árbitro

Rússia 3 x 1 Egito
Lance: pênalti de Zobnin em Salah (gol de Salah)
Decisão inicial: falta fora da área
Participação do VAR: ponto eletrônico
Árbitro: Enrique Caceres (Paraguai)

Dinamarca 1 x 1 Austrália
Lance: pênalti de Poulsen (gol de Jedinak)
Decisão inicial: nada a marcar
Participação do VAR: viu na TV
Árbitro: Antonio Mateu (Espanha)

 França 1 x 0 Peru

Lance: cartão amarelo para Aquino
Decisão inicial: cartão amarelo para Flores
Participação do VAR: ponto eletrônico
Árbitro: Mohammed Abdulla (Emirados Árabes)

Brasil 2 x 0 Costa Rica
Lance: pênalti anulado de González em Neymar
Decisão inicial: pênalti
Participação do VAR: viu na TV
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)

Nigéria 2 x 0 Islândia
Lance: pênalti de Ebuehi em Finnbogason
Decisão inicial: nada a marcar
Participação do VAR: viu na TV
Árbitro: Matthew Conger (Nova Zelândia)

Irã 0 x 1 Espanha
Lance: gol anulado de Ezatolahi
Decisão inicial: impedimento (mantida)
Participação do VAR: ponto eletrônico
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai)

Bélgica 5 x 2 Tunísia
Lance: pênalti de Syam Ben Youssef em Hazard (gol de Hazard)
Decisão inicial: pênalti (mantido)
Participação do VAR: ponto eletrônico
Árbitro: Jair Marrufo (Estados Unidos)

Inglaterra 6 x 1 Panamá
Lance: impedimento de Harry Kane
Decisão inicial: gol (mantido)
Participação do VAR: ponto eletrônico
Árbitro: Ghead Grisha (Egito)

Público

Em relação à primeira rodada, a média de público caiu um pouco: de 46.422 para 45.838. Mas o fator Cristiano Ronaldo fez a vitória de Portugal sobre Marrocos igualar o recorde de Rússia 5 x 0 Arábia Saudita: 78.011 pessoas compareceram ao Lujniki, em Moscou, para ver o camisa 7 do Real Madrid.

  • Rússia 3 x 1 Egito: 64.468
  • Uruguai 1 x 0 Arábia Saudita: 42.678
  • Portugal 1 x 0 Marrocos: 78.011
  • Irã 0 x 1 Espanha: 42.178
  • Dinamarca 1 x 1 Austrália: 40.727
  • França 1 x 0 Peru: 32.789
  • Argentina 0 x 3 Croácia: 43.319
  • Nigéria 2 x 0 Islândia: 40.904
  • Brasil 2 x 0 Costa Rica: 64.468
  • Sérvia 1 x 2 Suíça: 33.167
  • Coreia do Sul 1 x 2 México: 43.472
  • Alemanha 2 x 1 Suécia: 44.287
  • Bélgica 5 x 2 Tunísia: 44.190
  • Inglaterra 6 x 1 Panamá: 43.319
  • Japão 2 x 2 Senegal: 32.572
  • Polônia x Colômbia: 42.873

Pênaltis

Com o árbitro de vídeo em pleno funcionamento, 2018 segue vivendo a “Copa dos pênaltis”. Com o término da segunda rodada, já são 16 penalidades marcadas em 32 jogos – ou seja, um a cada duas partidas. Em 2014, por exemplo, o Brasil viu 13 cobranças no total de todo o Mundial.

  • Cristiano Ronaldo (Portugal): gol
  • Griezmann (França): gol
  • Jedinak (Austrália): gol
  • Messi (Argentina): desperdiçado
  • Cueva (Peru): desperdiçado
  • Modric (Croácia): gol
  • Granqvist (Suécia): gol
  • Sasi (Tunísia): gol
  • Kagawa (Japão): gol
  • Salah (Egito): gol
  • Jedinak (Austrália): gol
  • Gylfi (Islândia): desperdiçado
  • Hazard (Bélgica): gol
  • Vela (México): gol
  • Kane (Inglaterra): gol
  • Kane (Inglaterra): gol

Opinião: a Copa, até aqui, é dominada pelas estrelas

Após 1ª rodada de sofrimento para as grandes seleções, as favoritas deram a volta por cima. Com exceção da Argentina – que caiu para a Croácia -, Brasil, Alemanha, França, Espanha, Portugal, Bélgica e Inglaterra venceram e vão para o duelo decisivo da fase de grupos com menos pressão.

E aparece, até aqui, uma tendência no Mundial: o protagonismo das estrelas.

Cristiano Ronaldo vai correspondendo às expectativas e segue sendo o nome de Portugal. Foi dele o gol da vitória contra o Marrocos. No mesmo grupo, Diego Costa balançou a rede de novo e garantiu o primeiro tiunfo da Espanha. E assim vai acontecendo: Lukaku, na Bélgica; Harry Kane, o artilheiro inglês; Mbappé, decisivo na França…

E um capítulo reservado para Toni Kroos. Um líder, mesmo sem braçadeira, de uma Alemanha que ressurgiu das cinzas. Chamou para si a responsabilidade da campeã mundial e cobrou com perfeição a falta da virada, aos 50 minutos da 2º etapa contra a Suécia.

No roteiro das estrelas, apenas duas não escreveram capítulos de destaque: uma deu sinal de esperança, mas a outra segue em estado de inércia. Neymar, referência na Seleção de Tite, encontrou o caminho das redes mesmo após nova atuação sem brilho. Mas Messi, uma “ilha” na Argentina de Sampaoli, mostrou-se abatido ao fim da aula de futebol da Croácia.

As estrelas vão brilhar na 3ª rodada? Pelo que fizeram até aqui, a resposta é animadora.