Crônica de domingo: Água para elefantes.
Há tempos que não me ouvia. Não me via. Tantas chegadas e partidas. Sei disso porque também já parti tantas vezes, mas em menos de 5 minutos voltei, por acreditar que ainda somos instrumentos de mudanças. Contei histórias, ouvi tantas outras e vivi um bocado.
O tempo passou e hoje me vejo com uns fios brancos no rosto, nossa que lindos. Isso mostra que a história andou e que nem eu sou mais o mesmo do início do conto, e quem ainda é?! Eu duvido. E como os elefantes precisam de água, os personagens da vida real também precisam e se vier com arte é melhor ainda.
Cedo fugi, adoro andar pela mata, conversar com a energia que cerca a floresta e até me esvaziar. De repente me vi vestido de branco, algo que não me assusta mais, não me transtorna.
Presente de Edilma Prudente, são poucas pessoas que sabem que gosto muito de elefantes. Há tantos significados. E antes que me perguntem qual deles eu mais gosto. Respondo, elefante é o maior mamífero terrestre. Faz parte do grupo dos proboscídeos, animais que possuem o nariz em forma de tromba e cujas defesas, prolongamento dos dentes incisivos, constituem o marfim. Na cultura oriental, o elefante significa prosperidade, paz, força e longevidade.Já tem um tempinho que ganhei essa camisa, assim como já tem um tempo que guardo numa caixa empoeirada o sonho de viajar para Índia.
Enfim, os sonhos não envelhecem, apenas são desmarcados, quando não encaixotados, precisando apenas de um pouco de água, força e coragem para seguir em frente junto a manada. É assim, como água para elefantes. Bom domingo, boa semana a todos.