Um triste caso de morte de mãe e filho foi registrado em Itaituba, na noite da última segunda-feira (2), no hospital municipal de Itaituba. Familiares acreditam que houve negligência por parte do hospital e, inclusive, apontam os possíveis fatores que levaram à tragédia.

Apesar do abalo emocional de toda a família, o Giro conversou com o pai do esposo da vítima, que contou a versão da família. Segundo ele, a nora começou a sentir dores na tarde de domingo (1) e foi levada ao hospital. Chegando lá, uma injeção, que seria pra dor, teria sido aplicada e ela liberada para retornar para casa.

O sogro da vítima comentou que durante todo o dia a mãe relatou a agitação constante do bebê na barriga, mas achava ser normal.

No dia seguinte, logo durante a madrugada de segunda-feira (2), a mulher precisou ser levada às pressas novamente para o hospital sentindo muitas dores. Chegando lá, após a realização de exame de ultrassom foi constatado que o bebê estava morto. A família afirma ainda que o parto foi normal, o que pode ter sido um outro fator que contribuiu para a morte da mãe.

Em nota ao portal Giro, a direção do Hospital informou que, durante o parto, a gestante apresentava alterações acentuadas dos fatores de coagulação e plaquetas (controladores de hemorragia). A nota diz ainda que a mãe já havia sido orientada sobre os riscos de uma nova gravidez, já que tinha outros quatro filhos.

“O parto transcorreu normalmente, contudo foi observado na saída da placenta, vários coágulos característicos do deslocamento prematuro da placenta. A partir dai iniciou-se uma luta constante para salvar a vida paciente.” Explicou a nota do HMI

Sobre o parto normal o HMI informou que não houve necessidade de Cesária, a mãe estava com 4 cm de dilatação. Nesses casos não seria aconselhado tal procedimento.

Ainda segundo informacoes repassadas pelo hospital, foram realizados procedimentos como: Transfusão saguenea (5 bolsas), transfusão de plasma, passagem de acesso venoso central, reposição de volume, intubação oro-traqueal, além de antibioticoterapia profilática.

“A paciente foi mantida sob vigilância médica e de enfermagem durante todo o dia, contudo havia um quadro hemorrágico quase que incontrolável, que pode ser relacionado até a um problema hepático progresso. Mesmo com intenso esforço da equipe médica, a morte foi confirmada às 23h de segunda-feira.” Finalizou a nota enviada com exclusividade ao Giro

O Giro teve acesso a ficha da primeira avaliação de Joseane feita no HMI no domingo (1), ela não apresenta nenhuma anormalidade. Batimentos do bebê, Sem trabalho de parto, Sem sangramento, segundo a ficha, tudo normal.

A jovem Joseane era natural do estado do Maranhão, morava com o esposo e seus quatro filhos no interior da cidade de Itaituba, filho mais velho tem apenas 10 anos. O velório acontece na 33a rua após a Travessa Raimundo Preto. O enterro será na quinta-feira, com a chegada de familiares que estão à caminho.

Fonte: Portal Giro