Jovem Paraense de 23 anos está presa na Síria por integrar Estado Islâmico
A jovem paraense Karina Ailyn Raiol Barbosa, de 23 anos, que estava desaparecida, desde o ano de 2016, após embarcar para o Oriente Médio, foi identificada como uma das mulheres do Estado Islâmico detidas em um campo de prisioneiros controlados pelas milícias curdas no Norte da Síria.
De acordo com a reportagem, assinada pelo jornalista Yan Boechat, Karina, que cursava o curso de Comunicação Social na Universidade Federal do Pará, está presa junto com seu filho, que teria entre um e dois anos de idade, em uma área destinada apenas às mulheres estrangeiras que se juntaram ao califado, criado pelo líder iraquiano Abu Bakar Al Baghdadi, em uma vasta região entre a Síria e o Iraque.
As autoridades curdas, que controlam o campo onde Karina e seu filho estão detidos, afirmam que outras seis mulheres de nacionalidade brasileira também estão presas, com um número não definidos de crianças
O Desaparecimento
Em abril de 2015, Karina, comunicou aos pais o desejo de se converter ao islamismo. A vontade se concretizou tempos depois, em junho do mesmo ano. Ela adotou os costumes da religião, como a vestimenta típica, passando a utilizar o hijab (véu que cobre o rosto das adeptas do Islã), além de camisas de manga comprida, e calças junto com saia longa.
O dia 04 de Abril de 2016 marcou o início de uma história de angústia e desespero para uma família paraense. A estudante de jornalismo Karina, com 20 anos, despediu-se dos parentes e saiu de casa afirmando que iria para a universidade, como fazia diariamente. No entanto, a garota não retornou e, após buscas realizadas junto às autoridades, descobriu-se que a jovem teria saído do país com destino incerto.
A pior notícia veio no dia 05 de abril quando a Polícia Federal informou aos familiares que a jovem havia saído do país na manhã desse dia, às 5h14, pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Segundo a polícia, a estudante utilizou um passaporte lícito para deixar o Brasil, documento que a família desconhecia que a estudante possuía.
Segundo nota encaminhada pela Polícia Federal, tanto o destino da brasileira, assim como o real motivo da viagem ainda são desconhecidos. A PF ainda informou que os depoimentos colhidos junto aos familiares de Karina foram enviados para a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Fonte: Diário Online (DOL) / Portal Yahoo Brasil