Homenagem dia do Delegado de Policia Civil
DELEGADO DE POLÍCIA
(José Ribeiro de Oliveira)
(Delegado de Policia)
Delegaram-me a atribuição de investigar os resultados decorrentes de comportamentos sociais que foram eleitos como criminosos, assim postos na prateleira do Direito Penal e todo um ordenamento jurídico que dispõe sobre a sua caracterização, circunstâncias que o envolvem e lhe dão maior ou menor relevo, bem como as consequências que resultarão àqueles que violarem a ordem penal escrita.
Após, deram-me a fração de poder que preciso para apurar as incidências correntes, suas circunstâncias e autoria, para que as sanções da lei sejam aplicadas ao recalcitrante.
Pela natureza do poder que me incumbiram e pela importância do seu exercício, denominaram-me Delegado.
Delegado a exercer a atividade mais espinhosa dentre todas, vez que os comportamentos que me atribuíram investigar são aqueles que violam regras essenciais à convivência humana. Mas não deixam de ser sociais, porque praticados por integrantes dela e em decorrência das relações que nela se estabelecem.
Nenhuma sociedade existiria sem a presença de alguém que fizesse esse papel. Por isso, é correto dizer que a segurança pública, promovida por esse exercício, é o maior bem que uma sociedade pode ter.
Mas quem é esse Delegado? É um sujeito oriundo da sociedade, com toda a carga de qualidades e defeitos que a sociedade tem. A escolha, com os critérios rígidos da lei, o seleciona entre aqueles com o conhecimento e o preparo que formam o perfil ideal de uma Autoridade Policial. Mas o exercício do seu “munus público” sempre trará desconforto a uma das partes envolvidas na incidência penal. Atualmente, a sociedade vive uma crise de autoridade.
Autoridade, sim, sem autoritarismo. Autoridade, por assim ser chamada para resolver o conflito. Autoridade com a postura e segurança que se espera das suas ações. Autoridade que não se limita às peripécias das leis, mas as interpreta a partir do espírito do Direito, de suas teorias e princípios, fazendo a adequação do Direito às realidades sociais concretas. Autoridades como a de um Delegado que, na sua Delegacia, promove audiências conciliatórias cotidianamente para resolver conflitos sociais da sua circunscrição, e quando instaura um inquérito policial, dezenas de outros casos foram solucionados com a habilidade da Autoridade Policial, e sequer entram nas estatísticas. Isto é trabalho social, que nem uma outra autoridade do Estado faz tanto e tão bem.
Esta é a rotina de um Delegado de Polícia, que muitos criticam e outros invejam, um mister que não se aprende só na escola tradicional, mas na unuversidade da vida.
PARABÉNS AOS DELEGADOS DE POLÍCIA. UM DIA VIRÁ EM QUE A SOCIEDADE RECONHECERÁ O SEU PAPEL.