Caso HMR: Prefeitura e familiares dão suas versões no caso

A Prefeitura de Rurópolis (PA) estima prejuízos na ordem de R$ 25 mil em virtude do quebra-quebra no setor de emergência do hospital municipal (HMR) na madrugada de quinta-feira (14). Ninguém se feriu.

Sobre o episódio, a gestão do prefeito Joselino Taká Padilha (MDB) se posicionou em nota de esclarecimento emitida nesta sexta-feira (15).

A reportagem do Blog Sem Polêmica, entrou em contato com o Doutor Renato Barros, representante jurídico da PMR, que falou o seguinte:

“Reitero tudo que está escrito na Nota expedida pelo gestor municipal. O ato praticado foi criminoso sim! Agora, se quem cometeu esse ato, têm problemas mentais, ELE SERÁ SONSIDERADO INIMPUTÁVEL pela Justiça e ficará sujeito a medidas de segurança ou às Normas estabelecidas na Legislação Especial. Mas como disse, ficará a cargo da justiça determinar a medida legal para o presente caso. Volto a dizer, o ato praticado foi criminoso sim, está previsto no Código Penal Brasileiro, destruição de patrimônio público. Agora, se quem cometeu é menor de 18 anos, doente mental, ou que possui o desenvolvimento mental incompleto, desde que seja proveniente de caso fortuito ou força maior, será considerado inimputável e responderá como tal na forma da Lei.”

O caso já está nas mãos das autoridades policiais e judiciais para as devidas apurações e responsabilização dos envolvidos.  Abaixo, a Nota de Esclarecimento na Íntegra…

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A Esposa de João Batista também prestou esclarecimento referente ao episódio.

Nota de esclarecimento

“Eu, Raimunda Corrêa Araújo, esposa do paciente João Batista Nogueira Araujo,venho por meio desta nota ,esclarecer fatos relacionado a nota divulgada pela prefeitura municipal de Rurópolis onde a mesma trata o paciente do CAPs Rurópolis como vândalo por ter o mesmo sofrido de um surto psicótico enquanto aguardava atendimento médico na madrugada do dia 14 de outubro,infelizmente esse é o tratamento dado a um paciente que possui uma doença mental diagnosticada por vários especialista (CID-10):F20.0 conforme laudos e que infelizmente é desassistido por algumas pessoas da secretaria de saúde que deveria acolher pessoas com tais transtornos.

Vale ressaltar que temos excelentes profissionais em nosso município na área da saúde.

Gostaria de relatar os fatos que antecederam ao ocorrido para que toda dúvida seja sanada e a verdade venha a tona conforme documentos enviados ao Ministério Público.

No dia 7 de outubro o paciente acompanhado de seu genitor procurou a emergência do hospital para atendimento, pois não estava bem.

No dia 11 eu(esposa)procurei o atendimento no CAPS e na Unidade de saúde,porém ambas encontravam-se fechadas.

No dia 12 retornei a emergência do hospital,pois o paciente apresentava sinais de um possível surto psicótico.

Expliquei a situação a equipe de plantão( técnica de enfermagem e enfermeiro) com receituário de emergência em mãos, porém fui informada que não poderia se dada a medicação pois a receita estava vencida(vale ressaltar que essa medicação era de emergência e que o paciente continuava a tomar suas medicações orais normalmente e que se o médico houvesse transcrito a receita esse episódio não teria ocorrido) o paciente nunca ficou sem tomar as medicações prescritas pelo psiquiatra que o acompanha.

O enfermeiro explicou que daria uma medicação que o ajudaria a dormir e relaxar. Após um período de observação retornamos para casa.

Na madrugada do dia 14 que aconteceu o fato, o paciente João Batista teve que retornar a emergência pois a medicação não surtiu o efeito esperado, então o mesmo foi acompanhado por seu genitor que aguardava atendimento quando o paciente surtou. Só então foi aplicada a medicação de emergência.

O paciente retornou pra casa onde permanece com medicação oral e injetável aguardando consulta com especialista. Essa é a narrativa dos fatos até a presente data.

Resolvi escrever a nota por causa das informações inverídicas que circulam nas redes sociais. Quem me conhece sabe da minha conduta e que eu jamais faltaria com a verdade.

Para aqueles que precipitadamente estão julgando ,deixo o meu alerta: Seja mais empático e procure não julgar sem conhecer os dois lados da história.

Hoje foi conosco, amanhã pode acontecer com qualquer um. A linha que separa a sanidade mental e o surto é muito tênue (fina).Sinto muito pelo ocorrido e os danos causados ao patrimônio público.

Quero deixar aqui os meus agradecimentos a guarnição da PM e aos profissionais da saúde que tem nos assistido dentro de suas possibilidade e a todos aqueles que tem nos encorajado , irmãos em Cristo e amigos mais chegados que irmãos.Louvo a Deus por vossas vidas.

Raimunda Correa Araujo.

Até aqui nos ajudou o Senhor (1 Samuel 7.12)”

Com Informações do Blog Sem Polêmica e Facebook Camaleão das Antigas